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Livros Etc

por Josélia Aguiar

Perfil Josélia Aguiar é jornalista especializada na cobertura de livros

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Oswald e a máscara contra gases asfixiantes

Por Joselia Aguiar
11/03/12 14:59

O leitor gostou, eu gostei também de postar coisas que ando a pesquisar (este post foi o mais recente). Acontece que este blog não pode publicá-las todo dia  _ou teria de se chamar Arquivos Etc! Prometo ao menos uma vez por semana mostrar aqui alguma das 4.957 imagens que já acumulei no meu disco rígido.

Este domingo, deixo um Oswald de Andrade retratado pela graciosa coluna “Eles Fora das Letras”, que publicava a revista “Vamos Ler” no começo da década de 1940.

Diz o texto: “Oswald de Andrade tem a mania de viajar. A máscara contra gases asfixiantes é o ‘souvenir’ da última viagem à Europa. Da outra vez, ele trouxe o modernismo na mala” [edição das legendas feitas por este blog].

Contexto: iam já altos o Estado Novo e a Segunda Guerra Mundial.

 

 

 

 

 

 

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Quando éramos modernos: anúncios de livros em 1944

Por Joselia Aguiar
08/03/12 19:36

Instantâneos da vida literária no país há sete décadas: Para o leitor moderno, Dickens condensado. Os russos estavam em alta naqueles dias pois lutavam contra o nazismo. Biografias iam muito bem –além dessa vida exuberante de Olavo Bilac, abaixo, encontrei mais de uma dezena. Romances atravessavam má fase, mas alguns autores da geração de 30, como Jorge Amado, principalmente, ainda vendiam bastante. Nelson Rodrigues aparece como ele mesmo e como Suzana Flagg!

Vi estes anúncios em edições de 1944 da “Diretrizes”, revista de esquerda fundada por Samuel Wainer feita e lida por intelectuais e artistas de variados matizes.  Naquele ano parou de circular, depois de publicar uma reportagem que desagradou Getúlio. Mas aí a história só estava começando.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A Musa Vermelha, alguém tem pista?

Por Joselia Aguiar
07/03/12 20:42

Deve existir um lugar muito bonito no céu para os bibliófilos –não se podia dizer outra coisa num blog chamado Livros Etc (!).

Costumam ajudar quem quer que os procure para ver um livro raro ou no mínimo há tempos fora de circulação.

Anos atrás, vi José Mindlin, nosso maior bibliófilo e origem da Brasiliana-USP, subir com seus mais de 90 anos uma imensa escadaria para retirar do alto da estante um volume de que eu precisava.

Mês passado, o poeta Ésio Macedo Ribeiro, um dos ativos especialistas na obra de Lucio Cardoso, interrompeu seu sossego numa terça-feira de Carnaval para me deixar consultar e fotografar capas e trechos de livros publicados no país por editoras comunistas, principalmente entre os anos 1930 e 1950.

Foi pelo mesmo motivo que, manhã muito cedo, segui até a biblioteca do poeta, ensaísta e crítico literário Antônio Carlos Secchin.  

Os cerca de 12 mil volumes de literatura brasileira são organizados em ordem cronológica, o que nos dá uma vista histórica formidável; mantidos em temperatura amena, apesar dos mais de 40 graus a que pode chegar lá fora o verão no Rio; em estantes sob medida para aproveitar o espaço, sempre exíguo em se tratando de bibliófilos.

Nas paredes, outras tantas raridades para nos distrair das obrigações.

Estão lá títulos publicados pelas comunistas Edições do Povo, Encontro, Leitura e Vitória. Entre autores, organizadores e tradutores, as capas estampam o nome de alguns dos nossos mais importantes escritores –por exemplo, um Vinicius de Morais, que no começo da vida enveredou pela direita católica, depois mudou o curso e, por fim, abaianou-se.

Secchin comentou, e concordei: algumas dessas editoras não parecem nada sectárias, pois lançavam até volume dedicado a autores dos EUA (antes da Guerra Fria, claro).

 

O que me intriga agora é esse tal “Musa Vermelha” (imagem acima), de Antonio Abranches, 1918 –com esse título e desenho de mulher na capa, prenuncia certos sites e revistas de fofoca de hoje, que usam chamadas enganosas para atrair leitores incautos (como este blog fez desavergonhadamente!)

Consta que é a primeira obra dedicada à Revolução Russa, apenas um ano depois. Procurei sobre o livro na internet (estou longe das estantes de casa, onde podia tentar encontrar alguma referência), mas não há muita coisa, e as informações parecem até desencontradas –a autoria do livro, por exemplo.

O que será esse livro e quem seria seu autor, que, imagino, oculte sob pseudônimo alguém conhecido?

 

 

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A casa de Rui

Por Joselia Aguiar
05/03/12 22:22

Essa é a casa de Rui.

   

Esse é Rui.

 

O leão guarda a entrada.

 

Dizem que no começo do século 20 lá na minha terra ninguém falava, fazia discurso. Qualquer pretexto servia para um. O gosto pelo palavrório  seria legado de Rui. Acho que é injustiça. Rui não estava nisso sozinho; devia ser também um herdeiro do palavrório, tornou-se apenas o mais ilustre.

Uma das anedotas –nunca consegui comprovar, então ainda acho que é só anedota — conta que certo dia Rui supreendeu alguém que entrou no seu quintal para roubar um pato. A reação foi colérica:

– Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

Lembrei dos tais impropérios de Rui ao entrar hoje no quintal de sua casa. Não fui roubar pato, e sim me divertir naquele gigantesco acervo, no Rio de Janeiro. A seção onde me enfiei para pesquisar é exatamente a dedicada à literatura brasileira, com os arquivos particulares doados por escritores.

Entendi já duas coisas, lendo jornais e revistas antigos e a correspondência de vários desses autores, datados dos anos 1930 a 1960.

1-O noticiário de época apresenta “grandes revelações”, “grandes promessas”, “grandes nomes” que não só não encontrariam a glória, como desapareceriam completamente.

2-Escritores quando jovens são atrevidos e até raivosos (“que livro infame esse seu”); maduros, se tornam tão afáveis que chegam por vezes à adulação mútua (“o conto que dá título ao seu livro é excelente, mas os outros também o são”). Não deixa de ser simpático.

Entendi uma terceira coisa, de menor relevância para o público em geral, mas imprescindível para quem vai pesquisar e deseja calcular bem o tempo necessário (e economizar em diárias de hotel).

3- Escritores que escreviam à mão dão muito mais trabalho que escritores que datilografavam.

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Putin, a polêmica biografia

Por Joselia Aguiar
04/03/12 12:06

Em dia de eleições na Rússia, vale lembrar aqui que já está à venda (em inglês) a polêmica biografia de Vladmir Putin escrita por Masha Gessen, jornalista americana radicada em Moscou.

Vá por aqui para chegar até a página da Penguin USA.

Em outubro passado, quando estava na Feira do Livro de Frankfurt, postei sobre esse livro no antigo blog.

Gessen conta como um relativamente medíocre ex-quadro da KGB chega ao poder em 1999 e aí se mantém –é favorito para se reeleger –, apesar de fazer o país recuar sob vários aspectos, do econômico ao da liberdade.

Rodrigo Russo, correspondente da Folha em Londres, viajou até Moscou para fazer a cobertura das eleições: aqui está seu blog.

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Kafka, o dedetizador

Por Joselia Aguiar
03/03/12 11:37

Quem viu a cena foi Rafael Cardoso, historiador da arte, autor de, entre outros, o recem-lançado “Design para um Mundo Complexo”, “O Design Brasileiro Antes do Design (ambos pela Cosac Naify) e “Impresso no Brasil: Destaques da história gráfica no acervo da Biblioteca Nacional (Verso Brasil).

Compartilhei a imagem no meu mural no Facebook e me espantei com a quantidade de gente que gostou e a reproduziu.

De Rodrigo Leite, jornalista com que trabalhei nos meus primeiros anos na editoria de Mundo da Folha, veio o comentário mais espirituoso: “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, decidiu abrir uma firma de dedetização.” (da série Grande Empreendedores da Literatura)”

 Kafka, o desenhista: post do antigo blog.

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Os Corvos são vários. "Nevermore", único

Por Joselia Aguiar
02/03/12 13:25

Um trailler novo de “O Corvo” começou a circular ontem. O filme de James McTeigue (de “V de Vingança) estreia este mês lá fora.

A graça é que Edgar Allan Poe, autor deste poema tão denso quanto ressonante desde o século 19, se torna protagonista da tal trama de mistério. É vivido por John Cusack (de “Alta Fidelidade”, “Quero Ser John Malkovich”).  

Não só o “Corvo”, mas várias obras de Poe costumam inspirar adaptações de todo tipo —uma vista rápida pelos seus caminhos no cinema nos mostra o Imdb.


 

É coincidência, me explica a Leya Brasil, que saia agora nova edição de “O Corvo e suas Traduções”, organizado por Ivo Barroso, poeta e tradutor.

 

 

 

No volume, além do próprio “Corvo” original, reúnem-se as versões clássicas para o francês de Baudelaire e Mallarmé e para o português, como a de Fernando Pessoa, Machado de Assis e Milton Amado, esta considerada pelo organizador como a mais perfeita. Um ensaio de  Barroso sobre as traduções, um breve perfil de Poe e seu célebre artigo “A filosofia da composição”, em que trata do poema, completam o livro.

Quem nunca leu o poema inteiro mas gosta de livros sabe ao menos do que se trata. Se vê ou escuta a palavra  “nevermore” (“nunca mais”), seu refrão obsessivo, reconhece de onde vem a citação. É como “ser ou não ser”, “há algo de podre no reino da Dinamarca” ou “foi a cotovia e não o rouxinol” –para lembrar da tradição de língua inglesa outras referências, essas de Shakespeare, seu campeão de ressonância.

Sobre o poder do  “Corvo” para atrair leitores, Carlos Heitor Cony conta na apresentação um episódio engraçado. Em 1997, depois de uma conversa com Barroso sobre as várias traduções, em especial a de Amado, resolveu abordar o tema na crônica diária que escrevia na Folha. Seria mais uma, relembra Cony, se tantos “telegramas, cartas, faxes e telefonemas” não tivessem se multiplicado com o mesmo pedido: a versão de Amado na íntegra. Teve de fazer nova crônica para dizer que não seria possível, primeiro por falta de espaço, segundo pela questão dos direitos autorais.

Como explicar o fascínio desse poema? Tenta-se, com faz Barroso no seu belo ensaio, mas, vamos admitir, há certas coisas que jamais se explicam. Os Corvos são, por isso, vários; mas “nevermore”, único.

 ATUALIZAÇÃO às 16h25 – De Carlos André Moreira, do blog Mundo Livro, chega a indicação deste texto aqui, de Paulo Alcaraz, do Alerta Geral, sobre adaptações do “Corvo” no cinema, na música e nos quadrinhos.

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W.G. Sebald em filme, versos e música

Por Joselia Aguiar
29/02/12 17:26

“Patience” é o documentário de Grant Gee que refaz a viagem do alemão W.G. Sebald em Suffolk, costa leste da Inglaterra, e originou seu “Os Anéis de Saturno”. Acaba de estrear lá fora. Não consegui confirmar quando chega por aqui –quando souber, volto para atualizar o post.

Este é o trailer.


Os sebaldólogos –inventei a palavra agora, talvez exista outra melhor– são ardorosamente fiéis, porém muito discretos.

Vi o trailer ontem ao mesmo tempo no mural de vários deles no Facebook.

Foi o mote para que outros sebaldólogos –eu incluída– começassem timidamente a compartilhar informações dispersas sobre nosso grande escritor contemporâneo morto tão cedo, em 2001, aos 57 anos, de acidente de carro.

Um novo volume de poemas –poucos se lembram que o autor de romances e ensaios também fez versos– já pode ser comprado em formato digital ou encomendado em hardcover. Feliz da vida, fiz este post ano passado.

Descobri ontem via Laura Erber  este outro projeto de audiovisual inspirado em Sebald, de Tacita Dean, e mais outros, como este de música e teatro relatado em blog por Jérôme Combier e Pierre Nouvel.

Fui procurar mais coisas, e como não conhecia? Este blog, Vertigo, dedicado a literatura e arte tendo o autor como espinha dorsal. Imediatamente me cadastrei para receber as atualizações, por email e twitter, como qualquer bom sebaldólogo deve fazer.

Corra para ler “Austerlitz”, publicado em 2008 pela Companhia das Letras, se ainda não o conhece. O mais recente, lançado no finzinho do ano passado, é “Guerra Área e Literatura”.

 

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Boa noite, iPad

Por Joselia Aguiar
28/02/12 15:35

“Boa noite, Lua” é um livro infantil bastante popular nos EUA desde que saiu, em 1947. No enredo, uma criança dá boa noite a todos os objetos do quarto. É escrito com rimas simples (“room, moon”) por Margaret Wise Brown, ilustrado em tons bastante vivos por Clement Hurd. Com o sucesso, surgiram as inevitáveis paródias, como dá para ver já pelo breve levantamento que a wikipedia reúne. A edição brasileira que encontrei na pesquisa online de minutos atrás é da Martins –é provável que tenha sido publicado antes.

A mais nova paródia é de alguém (quem?) que se chama Ann Droyd (sim, androide, a brincadeira é óbvia, pelo que entendi), pseudônimo de um autor (a) de histórias infantis que tem publicado coisas razoável e comercialmente bem sucedidas.

O livro, à venda tanto em formato digital quanto impresso pelo grupo Penguin, se chama “Good Night, iPad – A Parody for The Next Generation” (“Boa noite, iPad -Uma Paródia para a Próxima Geração”). Li essa história no divertido e inteligente Brain Pickings, de Maria Popova.

É hora de dormir, e então é preciso dizer boa noite a toda tralha eletrônica.

 


 

Dois links

Essa paródia ao “Boa Noite, Lua” me lembrou a cizânia na Jornada de Passo Fundo que registrei no antigo blog em agosto passado:  “Apps para crianças – deformam ou não deformam? Existe idade certa para começar a ler aplicativos?”

Uma história dos livros ilustrados para criança, sob ponto de vista americano/inglês, você encontra aqui, texto que a “Atlantic” publicou esses dias tendo um novo livro como mote. É assinado pela Maria Popova, do Brain Pickings que citei lá em cima.

 

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Os livros que avoam do Oscar

Por Joselia Aguiar
27/02/12 13:54

Este é o curta de animação que conta uma historinha de livros e venceu o Oscar nesta madrugada: “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore” (Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore), de  William Joyce e Brandon Oldenburg.


 

Aos que estão a bordo: Como o blog acha que a maioria acompanha com menos frequência o que ocorre na mídia especializada ou em redes sociais, vai publicar aqui o que for importante mesmo que pareça redundante.

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