Onde vivem os monstros? Maurice Sendak, seu criador, morre aos 83
08/05/12 12:17Procure na internet vídeos baseados em “Onde Vivem os Monstros?” (em inglês, “Where the wild things are?”), e você vai se espantar com a quantidade de homenagens, algumas bem profissionais, outras mais amadoras, que mereceu a historinha infantil criada por Maurice Sendak, morto hoje, aos 83.
Sendak, americano com o sobrenome polonês dos pais, começou a publicar na década de 1940. Fez duas dezenas de histórias para crianças, ilustrou mais de cem, muitas premiadas.
A de maior sucesso é mesmo a de Max, que vai dormir sem tomar sopa e encontra vários monstros madrugada adentro, lançada em 1963 – mais de 17 milhões de exemplares vendidos desde então, a edição brasileira recente pela Cosac Naify. A obra alcançou tanta fama, medida não só por adaptações para as telas, mas por leituras e montagens de todo tipo —vá por aqui para ver Barack Obama a admirar criancinhas –, que quase se pode dizer que Sendak, ele mesmo, era um quase desconhecido.
Está triste porque Sendak morreu? Mande seu desenho-homenagem ao Garatujas Fantásticas, vá por aqui.
Obituários-tributos que acabei de encontrar: na “Flavorwire”, bem bacana, vá por aqui. Em jornais, no “New York Times”, vá por aqui, no “Guardian”, por aqui, na “Slate”, por aqui. O já nosso conhecido e favorito “Letters of Note” mostra como Sendak mandava cartinhas, vá por aqui. Maria Popova, também uma preferida deste blog, mostra ilustrações vintage pouco conhecidas de Sendak, por aqui.
Spike Jonze fez a adaptação mais recente de “Onde vivem os monstros?”, de 2009, com roteiro de David Eggers, trailer abaixo.
A imagem que abre o post é de uma coleção de brinquedos, criada por Sendak e Todd McFarlane _vá por aqui.
Atualização às 19h30 – O dia inteiro, vi mais links sobre o autor, gente postando frases e fotos na internet. Reproduzo abaixo trecho de uma entrevista com Sendak que acabei de ler no mural de Thiago Blumenthal no Facebook. Conto em português, mais abaixo, do que se trata.
Sendak explica que responde a todas as cartas de leitores que recebe. Certo dia, mandou uma dessas respostas a um garotinho, acompanhada de um desenho de um dos monstros. A mãe lhe diz que o filho gostou tanto, tanto, que comeu o cartão. Sendak conclui então que nenhum elogio podia ser maior que esse: “Ele viu, amou e comeu”.