David Foster Wallace seria cinquentão
22/02/12 17:37
Não há como fugir de datas redondas –você pode achar um grande clichê usá-las como notícia, mas não vai conseguir ignorá-las quando todos começam a tratar ao mesmo tempo do mesmo assunto.
Os sites que visito diariamente me lembram desde ontem que David Foster Wallace seria cinquentão. De seu suicídio, em 2008, me recordo bastante bem pois era dia do meu aniversário. Foi uma grande pena. Ele fazia parte, ao lado de Jonathan Franzen (“As Correções”, “Liberdade”) e Jeffrey Eugenides (“As Virgens Suicidas” e “The Marriage Plot”, que sai este ano aqui), do primeiro time de bons e promissores ficcionistas contemporâneos da América.
De DFW, chega em agosto um volume de não ficção, anuncia a Companhia das Letras, que também publica Franzen e Eugenides. Assim que confirmar o título em português, volto aqui para atualizar este post.
Ano que vem, sai enfim o catatau “Infinite Jest”, na tradução de Caetano Galindo, que também vai trazer para o português seu livro póstumo e inacabado, “The Pale King”. Por ora, dá para encontrar nas livrarias o da capa acima, “Breves Entrevistas com Homens Hediondos”, volume de contos traduzido por José Rubens Siqueira.
No pé deste post, deixo alguns dos links em sua homenagem que encontro desde ontem, em inglês: por aqui você chega a uma lista de 46 caminhos preparados pelo “Awl”; por aqui, à entrevista que concedeu à “Paris Review”; por aqui, a uma coleção de textos seus publicados na “Harper`s”; por aqui, a uma seleção da “Slate” de palavras que o autor destacou em seu dicionário; por aqui, mais outro punhado de links, alguns repetidos, no “Vol. 1 Brooklyn”.
Via Twitter, busque pela tag #DFW50
ATUALIZAÇÃO Às 11h50 de 23/02 – A antologia de não-ficção prevista para agosto é organizada por Daniel Galera e traduzida por ele e Daniel Pellizzari, que me adiantou o seguinte: “inclui clássicos como “A supposedly fun thing I’ll never do again”, “This is water” e “Consider the lobster”; ainda não tem título — é justamente o que estamos discutindo agora”.
Dias atrás, Noemi Jaffe relembrou o link de “Consider the lobster” no seu mural no Facebook: vá por aqui.
Olá! Estou iniciando um projeto na faculdade sobre as obras do David Foster Wallace. E enquanto pesquisava sobre ele, como ainda pesquiso, descobri que pouca gente aqui no Brasil o conhece. É bom saber que haverão agora mais duas traduções de livros dele.
Valeu pelos links!
Hellen, sim, ele é pouco conhecido, acho
So p complementar os links, a new yorker liberou no site deles uma reportagem publicada em 2009 na revista, apos o suicidio.
http://www.newyorker.com/reporting/2009/03/09/090309fa_fact_max
Interessante tb pelas mencoes ao Don DeLillo e Thomas Pynchon, duas supostas influencias do DFW.
Abs
muito obrigada pelo link! apareça
Josélia, seu blog é ótimo. Sempre acesso. Surpresa encontrar este post sobre o DFW. Coincidentemente acabo de ler ‘breves entrevista com homens hediondos’. É de uma radicalidade estética que me impressiona muito. Fico feliz de saber que vão publicar outro dele por aqui! E obrigado pelos links.
obrigada, Bruno, apareça.
O mesmo dia em que Colombo chegou ao que hoje é a Nicaragua; em que nasceu Juscelino (“como pode um peixe vivo…”), em que Kennedy se casou com Jacqueline e em que a Albânia foi expulsa do Pacto de Varsóvia.
Também não esqueço a data da morte dele pelo mesmo motivo.
Fiquei feliz em encontrar este seu post sobre o DFW, ainda mais assim, recheado de bons links. Realmente a data vale menção pelo que este autor nos deixou. Acompanhei as manifestações no Twitter e por lá mais um punhado de links interessantes. Caramba, fico a imaginar o que DFW poderia ainda escrever nos dias de hoje.
é triste; mas ele não aguentou mais, não é?